O VÁCUO INDUSTRIAL

   
     Certa vez conversando com  um antigo prefeito amigo nosso e que administrara o município de Ananindeua no início dos anos 70. Sua primeira iniciativa: adquirir uma grande área, dotando-a de condições para abrigar novos e grandes empreendimentos. Foi assim que segundo ele, conseguiu aumentar a renda municipal e gerar inúmeros empregos, para o seu município, já naquela época.
    No nosso caso, tivemos várias administrações a partir da daquela década e nenhuma deu a necessária prioridade a este importante setor, visando o crescimento do município. É decepcionante todavia, ainda nos depararmos em pleno século XXI, com gestões em geral, fechadas, voltadas para dentro, que logo, evidentemente, não permitem perspectivas futuras ao município.
    Hoje outros seguimentos da economia municipal cresceram (agricultura,comércio,serviços) a uma desproporção acentuada, em relação ao primeiro setor que é a industria e, por via de consequência, o crescimento populacional nos últimos tempos, clama por ações concretas direcionadas a este imprescindível segmento econômico.

    É  todavia deprimente sermos ainda tachados de cidade dormitório, onde boa parte de nossa população, se desloca diariamente para outros centros, em busca de uma colocação e assim poder ajudar no sustento familiar.
    Para se ter uma ideia ,hoje temos em nosso território,  cerca  de 3 empreendimentos (considerados de porte) no ramo industrial, o que significa dizer, que praticamente possuímos uma indústria para cada 20 mil habitantes.
    Compara-se esta conjuntura, como se fosse uma família, cuja renda não aumentou, porém seus componentes triplicaram ou até quintuplicaram, surgindo assim, irremediavelmente, inúmeras dificuldades de sobrevivência a este grupo familiar.
   Acredita-se porém, que a população em fase de força produtiva , tem um único desejo: que os próximos governantes, quer no âmbito administrativo ou no legislativo, primem e habilitem-se em definir políticas neste sentido, isto é,o acionamento do setor industrial nos diversos campos, -cujo o vácuo, tem obrigado as pessoas se desdobrarem em busca de trabalho lá fora, ou levando-as à informalidade e ainda nos posicionando entre os municípios menos desenvolvidos da RMB.
   Claro está que todos os pleiteantes a um cargo nesta eleição,já devem estar cientes da realidade que os espera: como fazer o município crescer economicamente e gerar renda e empregos.
   Logicamente que os projetos e propostas são necessários, mas têm que ser endossados,absorvidos e reforçados, com parcerias dos governos Estadual e Federal.
   Afora isso, não passariam de veleidades de palanque.