sábado, 30 de junho de 2012

sexta-feira, 29 de junho de 2012

SEM VOZ NEM VEZ


    Se atentarmos bem, durante esses 78 anos de existência, o nosso município teve apenas dois deputados estaduais, eleitos aqui mesmo. Quer dizer, a cada 39 anos conseguimos eleger um representante na Alepa. 
    O primeiro, o médico Vitor Paz (filho da terra), que militou em nossa política por cerca de 25 anos e que conseguiu  cinco mandatos consecutivos, apoiado por um grupo que lhe era coeso e fidelíssimo. Favorecido por sua profissão humanista, sendo também um aficionado pelo nosso futebol, o que muito lhe ajudou, enveredou pela política meramente assistencialista, esquecendo quase que totalmente sua verdadeira função parlamentar, pois sem uma atuação convincente e sem projetos que viessem engrandecer o município, acabou fomentando seu próprio declínio e exclusão política. Mesmo assim conseguiu eleger alguns prefeitos, porém faltava-lhes com o devido apoio naquela Assembleia e aos adversários ignorava-os todos. Teve portanto cinco oportunidades para fazer um bom trabalho no sentido de desenvolver esta terra, porém seu sistema de conduzir a política local, lhe fora o maior adversário. Já mesmo nos anos 60, muitos de seus adeptos lhe cobravam satisfações e depois de não serem ouvidos, pelo então líder, o abandonaram e 15 anos depois, terminava seu longo ciclo de liderança em Sta. Izabel.Sem sua participação efetiva e decisiva no parlamento estudual, o município experimentou o maior ostracismo que lhe levou à cruel estagnação em toda a sua existência.
    Já nos anos 90, Edilson Abreu chegava à Assembleia Legislativa com uma expressiva e invejável aceitação popular, sendo o segundo mais votado. Após elaborar um interessante programa de atuação,renunciava meses depois, para se candidatar e ganhar um segundo mandato de prefeito em nosso município. Pelo menos àquela época dizia não ter vocação para legislar, daí sua renuncia. Apesar da explicação, frustrou muitos de seus eleitores, que eram também de municípios vizinhos.
     De lá para cá, tivemos novos pleitos para deputado, porém o que se vê é uma desmedida falta de senso político, onde muitos (às vezes), sem a menor condição ou estatura política, embevecidos ou inebriados pelo poder e embalados em devaneios , candidatam-se, somente para atrapalhar aos realmente  reúnem possibilidades para tal. Sem se falar naqueles que trabalham para eleger "paraquedistas" que continuam  fazendo daqui, apenas uma horta eleitoreira, isto é, ao se elegerem desaparecem sem a menor cerimônia.
      É por essas e outras, que continuamos (e podemos continuar), sem voz e nem vez junto aos governos estadual e federal.




quinta-feira, 28 de junho de 2012

A RESPONSABILIDADE DE CADA UM


      Há pouco mais de 90 dias da eleição, os partidos e seus respectivos candidatos começam a acelerar as providências, com relação aos documentos junto à Justiça Eleitoral. Com a nova lei pós Revolução, inúmeras siglas partidárias foram criadas e muita gente (inclusive eu), não sabe de cabeça quantas são, só se sabe que estão por aí, espalhadas por este Brasilzão à fora.
    Entre nós, salvo mudanças de última hora, já se definiu quem vai lutar para chegar ao Executivo, sendo os cidadãos: Jaime Brito, Evandro Watanabe e Gilberto Pessoa.
    É lógico que cada um tem caracteísticas diferentes, o que naturalmente devem ter em comum, é a vontade de chegar ao Noé de Carvalho e fazer uma boa administração. 
    Arriscando-se uma simples análise das distinções entre estes, teríamos: Jaime, filho de tradicional família izabelense, com boa formação cristã, tem certa facilidade em se expressar, sendo observador e crítico dos problemas de nossa terra, sempre demonstra disposição para ocupar o cargo; neste pleito, conta com a maioria dos membros da Assembleia de Deus e talvez nenhum empresário. Evandro, ingressa na política pela primeira vez, porém sua condição de escolhido pelo atual governo municipal e a aprovação de significativa parte do empresariado local e o próprio grupo industrial pertencente a sua família, além de algumas adesões políticas, lhe respalde uma certa igualdade na referida disputa. Por fim o Gilberto. Um batalhador que há muito se imbuiu nas lutas políticas desta terra, onde foi vereador, tendo um extenso trabalho como médico que é, em diversas comunidades, conseguiu um bom vice e se tiver as "bênções" do governo estadual poderá ser um forte candidato.
      De resto, o povo tem que torcer para que a Câmara seja composta de bons vereadores que realmente possuam dicernimento e compromisso fechado com a tarefa que vão desenvolver, sem nunca anular-se ou condescender  com o Executivo.

     É bom lembrar que, para almejarmos melhores dias para nossa terra, depende muito de nossa consciência, isto é, a esmerada escolha desses candidatos, sem jamais cedermos à tentativa de "negociar" essa consciência - que é o nosso voto livre.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

DITO E ESCRITO



    " O nível do mar aumentou. O problema é que o Lula pensa que foi ele quem levantou o nível do mar."

       Frase do ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, referindo-se ao crescimento das exportações, que tem haver com a conjuntura e sem nenhuma ajuda do governo Dilma.
       Fonte: Revista Veja, edição 2275.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

IDEALISMO ÀS FAVAS


     Quem é natural desta terra, sabe que ela não foi feliz quando fora destroçada e atropelada por uma politicalha que lhe ceifou a esperança de progredir, há muitos anos atrás . Hoje, ainda cambaleante, não consegue cultivar lideranças reais e duradouras,que lhe viabilizem o progresso pleno e continuado, o que poderia tê-la livrado, dessa espécie de esteira rolante,que lhe condiciona a apenas marcar passos.
   O resultado da referida politicalha, fora tão avassalador, que além do desregramento e descompasso sócio-político, atirou o município no fosso negro do esquecimento e do amargo e vergonhoso retrocesso. Muitos municípios em torno de nós, já experimentavam prosperidade principalmente na década de 60, enquanto que aqui, éramos imobilizados em uma espécie de camisa-de- força tolhindo-nos o direito de melhores dias e comcretizarmos sonhos mais altos. 
   O grupo dominante, formado por um falso líder e alguns asseclas descerebrados e, motivados por pequenos favores pessoais e a seus parentes, festejavam a cada eleição, talvez não suas vitórias, mas o prazer mórbido em manter oprimidos os que ousavam se opor aos seus caprichos. As "retubantes vitórias", eram comemoradas com uma pompa tamanha, que fazia inveja a qualquer mortal, onde se promoviam lautíssimos rega-bofes, completando-se com estupendas festas, cuja quantidade de fogos demonstrava a força da poderosa facção à época.
     Costumeiramente, passados quatro anos porém, deparava-se com um município, carente de tudo: saúde,educação, saneamento, emprego e um povo vilipendiado e refém da insólita "situação" -o que não justificava porém,toda aquela pomposidade e a desregrada farra, que marcava as conquistas eleitorais do grupo dominante  -foram portanto, cerca de 40 anos de retrocesso, que amargou nossa população.
    Porém, nos anos 80, o povo se reunia e partia para dar um basta naquele estado de coisas e em pouco tempo, ouvia-se um único foguete no céu izabelense,o foguete que simbolizava a dignidade de um povo, que forçado pelas circunstâncias, viu durante cerca de 4 décadas, suas esperanças, seus anseios e seus ideais, cerceados por um pequeno grupo opressor e inconsequente, que comandou a política por tanto tempo , deixando como saldo um município esquecido e abandonado à própria sorte. Muitos de nossos antepassados, que pugnaram pelo resgate e a liberdade desta terra, nos legaram com muito orgulho e luta este feito,deixando-nos um grande exemplo, o exemplo do izabelencismo, que lhes corria nas veias e que temos o dever de preservá-lo.
    Hoje, parece que se desenha um cenário similar, onde novos atores(até com mais poder financeiro),começam a demonstrar suas intenções em se manter com as rédeas do poder, mais por influência capitalista, do que pela sua desenvoltura e ações progressivas, que justifique tal pretesão. Com uma extrutura organizada, tem conseguido arrebanhar muitos adpetos, que ontem eram defensores de ideologias contrárias ao capitalismo e portanto de seu torrão, unem-se outros que apenas acompanham as correntes políticas, que lhes julgam convenientes, com sua incessantes e vexaminosa busca da sombra do poder.
    A oposição como se sabe, tem sofrido significativas perdas, face a quase "irresistível oferta" contrária. Porém, no crivo da honradez e do izabelencismo que muitos herdaram de seus antepassados em outras gloriosas batalhas, devem enfileirar-se os que realmente não abdicam de suas pétreas convicções e nem conseguem mandar seu  idealismo às favas.
     Apesar disso, somos todos oriundos desse pedacinho de Brasil. Resta-nos respeitar a "preferência" de cada qual.
      










domingo, 24 de junho de 2012

CIDADÃO RECLAMA SEUS DIREITOS


      Recebemos e transcrevemos "ipsis litteris" do amigo e leitor, agrônomo Jairo Pereira. o seguinte apelo:

   " Há alguns anos atrás, o Departamento de Correios e Telégrafos-DCT era considerado como o melhor e mais eficiente prestador de serviço público em  todo território nacional.
    O dicionário define a palavra "Correio" como a repartição pública encarregada de seleção,transporte e distribuição de correspondências que lhe são confiadas.
    Trocaram o nome de "Departamento de Correios e Telegráfo-DCT" para "Empresa Brasileira de Correios e Telégrafo-EBCT" e, na esteira dos acontecimentos, trocaram aquela célebre eficiência pelo desleixo,inércia, descaso, incompetência, preguiça e omissão, conforme se pode constatar durante os trezentos e sessenta e cinco dias do ano , trezentos e sessenta e seis dias no ano bissexto.
    Para se ter uma pálida ideia do descalabro administrativo da referida empresa, basta dizer que uma correspondência postada na Agência Três Poderes em Brasília, no dia 13 de dezembro só chegou ao seu destino, aqui em Sta. Izabel do Pará no dia 18 de fevereiro do ano seguinte,ou seja 2 meses e cinco dias após a sua postagem.E só chegou porque fomos apanhar  na Agência dos Correios.
     Uma vergonha! ou melhor, uma falta de vergonha!
     As faturas de cartões de crédito e outras cobranças só chegam ao seu destino depois de vencidas, acarretando prejuizos financeiros, bem como abalo de crédito, a seus usuários.
    E aí ? Apelar a quem?
    Infelizmente, a ninguém, já que as chamadas autoridades competentes do município à exemplo dos Correios,também não funcionam." 

sexta-feira, 22 de junho de 2012

PROFISSÃO: POLÍTICO


      Ocupar um cargo de mandatário mór, fascina e é o sonho de muita gente. O cidadão de repente, passa de um simples mortal ao foco das atenções no meio que o cerca . 
     Em muitos casos, ele é atraído também, pela alta remuneração que gozam os políticos na atualidade e pouco lhe importa se reúne condições ou não, para tamanha responsabilidade. 
      Mesmo sabendo que sua atuação no cargo que ocupará não depende somente dele, a vontade (e às vezes a necessidade), falam mais alto.
      Em todos esses anos que se passaram em nosso ainda pequeno município, podemos destacar dois, ou no máximo três, cidadãos que realmente podem merecer o título de POLÍTICO. Onde suas indiscutíveis capacidades, quer em gerenciar a coisa pública, honestidade e lutar denodadamente pelo município em qualquer instância, tornaram-se irreprimíveis  -foram portanto, os que conseguiram tirar este município do fundo do poço que se encontrava desde os anos 50.
     Voltando aos atuais homens públicos, o que infelizmente se vê, são aqueles que por variados motivos, conseguiram se encastelar no Poder e naturalmente em sua maioria,  conseguem navegar com certa "segurança" tanto nas "tormentas" como nas "calmarias"  e no frigir dos ovos, tentam passar ao povo que "não foi possível fazer melhor". Com esse surrado discurso e com seu "curralzinho" eleitoral,  passam-se os anos e eles parecendo mais "importantes" ainda, (com  quatro , cinco "gloriosos" mandatos), conseguem levar a coisa no "vai da valsa".
     Quanto aos que aspiram uma "subida" na vida pública, uma grande maioria esbarra na falta de condições finaceiras, ao menos que seu bairro, sua comunidade ou algum capitalsta banquem sua eleição, fora disso torna-se impossível.
      Sabemos porém, que possuimos muita gente com um currículo invejável para galgar cargos tão relevantes em nossa comuna e não são sondados e nem ungidos pelos partidos, que geralmente apresentam-se quase que herméticos e quem quiser que vá lá "implorar" ou até se "humilhar",  como vemos acontecer com alguns cidadãos.
     O resultado dessa insistente "hegemonia" "que é salutar para alguns) mas extremamente prejudicial a esta terra, aí está: permanecemos como um dos municípios que menos cresce nesta RMB, fruto em grande parte, desse insóilito e hegemônico "profissionalismo político".

quinta-feira, 21 de junho de 2012

"SANTINHOS" DE PAU OCO



        A História nos dá conta de que no Período Colonial, já havia corrupção, cuja artimanha consistia em encher com pedras preciosas, imagens de santos ocas (geralmente de madeira) e "na moita", seguiam para outros países.
     Hoje, com a "nova tecnologia", faz-se de tudo: desde remessa de dinheiro (sujo) a paraísos fiscais, desvios de verbas, gordas propinas, acordos escusos, superfaturamentos, licitações forjadas, altos desfalques etc...etc.
    Ainda bem que agora, o Ministério Público Federal entrou em campo, cuja operação já vem mostrando a cara desse outro tipo "Santo", onde várias prefeituras estão sob rigorosa investigação.
      No Pará a coisa já pegou, quando se tem notícia de que prefeitos e secretários estão sendo afastados. Se a coisa realmente for a fundo, muito "nêgo" "pode cair do cavalo" ou desmoronar do seu "pedestal de areia".
      Como negar que o "câncer" deste País não é a desenfreada corrupção?..
        .
         
     

quarta-feira, 20 de junho de 2012

NA PAZ DE DEUS

    Registramos com imenso pesar o falecimento de Adilson da Costa Wanzeler, o grande atleta dos anos 60,mais conhecido por Canhoteiro, ocorrido ontem em Belém onde residia com seus familiares. Ele como excelente meia-armador, foi juvenil do Clube do Remo, onde sagrou-se Tetra-campeão em 53-54-55-56, chegando a atuar várias vezes no quadro principal do Leão Azul. Em nossa cidade, defendeu o extinto Clube Recreativo Vasco da Gama, bem como, a nossa Seleção Municipal em 64 e 65. 
     Adilson que era esposo de uma izabelense, sra. Maria Nilda Wanzeler, era pai de Adnildo, Cláudia e Claudinéia.
     Em nome dos companheiros que tiveram a honra de atuar com este excelente futebolista e a torcida izabelense, venho apresentar as condolências, à família enlutada.
     

"DOCE PROTESTO"


     As "Filhas de Eva", até para protestar usam da sutileza. Não é que as meninas ai na foto, foram ao encontro internacional Rio+20 e resolveram colocar os seios à mostra, protestando contra o machismo no Brasil.
   Será que teve algum "Filho de Adão", que sentiu-se ofendido ou constrangido com isto?

Fonte: O Liberal,19/06/2012
   

terça-feira, 19 de junho de 2012

O DESEJÁVEL APRIMORAMENTO DO PROCESSO ELETIVO


    É extremamente impossível de se conceber, que em pleno Século XXI, ainda existam cidadãos que desconhecem as suas reais atribuições na função que lhes são conferidas. Seria  menos absurdo, se tais funçõs não fossem de pessoas que têm o dever de transformar e melhorar as condições de vida de uma população, criando e oferecendo-lhe melhores oportunidades. O político, é portanto, o agente responsável pelo engrandecimento e o desenvolvimento em sua área de atuação, pesando-lhe uma imensa responsabilidade social e por conseguinte, lhe seria exigido, um excelente preparo cultural, que é cobrado aos servidores dos três poderes, inclusive aos juízes. 
     Parece-nos estranho, quanto intrigante, quando a Lei exige do candidato a um cargo político, apenas "ser alfabetizado". Torna-se portanto difícil de se imaginar que um cidadão nessas condições possa bem desenvolver tarefas como: criar e interpretar leis, fiscalizar ou bem gerenciar a causa e a coisa pública.
    Embora fazendo parte daqueles  que " gritam no deserto", defendo uma prévia seleção a todos que pretendem ocupar um cargo dessa envergadura, quer na Edilidade ou no Executivo. Cuja capacitação serviria como um passaporte aos mais aptos e, naturalmente, melhoraria em muito o nível criativo e intelectual do processo eletivo. Os supostos dispêndios, seriam compensados, pelo aprimoramento do sistema, que naturalmente reverteria em ganhos e avanços sociais.      

segunda-feira, 18 de junho de 2012

DETRAN CRUZA OS BRAÇOS



       Sendo um dos órgãos do Estado de suma importância e que mais arrecada, o Departamento Estadual de Trânsito decidiu paralizar as atividades. Quem procurou resolver problemas em nossa agência, na quinta-feira (como eu), era cientificado da greve. 
     Em contato com alguns servidores, disseram-nos que "possivelmente" nesta semana que se inicia, haveria possibilidade de normalização do expediente.

    Torcemos para  que sejam  atendidos os pleitos dos seus funcionários e tudo volte a funcionar.

sábado, 16 de junho de 2012

MAIS RETROCESSOS QUE AVANÇOS



       Todos aqueles que acompanharam ou têm notícias através de informações, devem chegar à conclusão de que o nosso município ainda não conseguiu se desenvolver de forma plena por uma única razão: a crônica ineficácia política, que o persegue durate quase todos esses inglórios anos.  
      Se não, vejamos: nossa terra até os anos 40, ainda liberta do inconsequente mandonismo, isto é, da prepotência de alguns, destacava-se como um dos municípios mais promissores de nossa região. A partir daí, fora tragada por um sistema perverso, onde um pseudo-líder dominou a política local, com cinco mandatos na Câmara Estadual, utilizando-se unicamente do clientelismo. Com esta prática, tivemos cerca de 25 anos de retrocesso.Como prova cabal, Sta. Izabel não possuia sequer ruas asfaltadas, agências bancárias , escolas suficientes, isto entre 1950 e 1975 aproximadamente. Diante do insólito retocesso, parte do grupo dominante se revoltava ainda nos anos 60 e elegia o cidadão Nestor Ferreira (um dos rebeldes), o que provocou a fúria do então líder. Nestor fora ignorado pelo então parlamentar e prejudicado visivelmente em seu mandato. Em seguida a mesma ala insurreta, após sondar alguns jovens, encontrou Alderico Miranda e o fez prefeto. Porém este, alegando interferência em sua gestão abandonara seus "criadores", buscou apoio em Americano e conseguiu comandar a política por cerca de 15 anos. Apesar de ter tido como aliado, nos seus três mandatos, o então governador Jader Barbalho, sem um planno de governo plausível e pouca maturidade administrativa, deixava o município em situação clamorosa, o que lhe valeu, o esquecimento do povo.
       Depois Edilson Abreu ingressara na vida pública e com a ajuda do governo do Estado e Federal, quando ia na fonte atrás de recursos, realizou um excelente primeiro mandato,  livrando inclusive o municpio da insolvência. Porém na segunda gestão, não foi tão brilhante apesar de ter deixado os cofres e o município em equilíbrio.
      Em 2001 Antônio Simão, que havia perdido o pleito anterior para Abreu, era guindado à Prefeitura, cujo povo acreditava por ter sido um  alto empresário, porém encontrava-se "aquela altura em visível declínio. Teve dificuldade em administrar por falta de traquejo político e como muitos outros, sem uma boa assesoria e muito menos sem amparo das outras esferas, desnorteou-se, e quase leva o município à bancarrota. 
      Passados mais esses quatro anos de retrocesso, Marió Kato assumia o município em um momento extremamente crítico em 2005, e levava cerca de dois anos para tirá-lo dessa verdadeira UTI. Pagou todas as dividas mais urgentes, colocou o funcionalismo em dias e ainda realizou algumas obras. O povo o elegia no pleito seguinte, possivelmenre apostando em um significativo avanço -o que deve ter frustrado a muitos, pois sem o empenho que demonstrou anteriormente e segundo ele, a falta de apoio dos governos estadual e federal (apesar de jamais ser importunado pelo legislativo atual), caminha para o fim do atual mandato, com o propósito de fazer seu sucessor, posivelmente mais por acreditar no potencial financeiro do candidato e de alguns empresários que o cercam, do que pela autenticidade e identidade. do escolhido.
       Depois desta eleição de outubro próximo, nós enquanto eleitores e tolerantes izabelenses, esperamos naturalmente substanciais avanços, pois de retrocessos estamos plenos.
       Em nossa curiosa opinião, o que nos tem faltado realmente são verdadeiros homens públicos, que tenham traquejo,vivência e noção de política progressiva, bem como gestões, que possuam  musculatura, desenvoltura, que resulta em respaldo político, ante aos  escalões superiores. 
     Caso contrário, torna-se impossível acreditar-se em milagres ou mirabolâncias do gênero .
     

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O COLABORADOR FIEL



      Há quem pense que o colaborador político é um tremendo puxa-saco,ganha bem e ainda se dá bem e que é tudo moleza .Ledo e lerdo equívoco.Quando ele é bom mesmo,pode ser considerado o braço direito (ou esquerdo?) do candidato e sendo eficiente, pode no "máximo" auferir um salário mínimo, dependendo aí, da consciência e do bolso do pretenso homem público e ainda corre o risco de não se empregar caso o candidato não obtenha êxito na eleição.É mole ou duro ?
    Dentre as suas principais e variadas atribuições temos:

- Atender o telefone o dia inteiro, servindo de pára-choque, do candidato.
- Descartar os "eleitores" que só querem "ferrar" o chefe, com cestas básicas e grana.
- Agendar tudo : reuniões,festas,competições,velórios,sepultamentos,casamentos, batizados etc... etc.
- Cuidar bem da imagem do chefe, sugerindo-lhe o melhor cabeleireiro,o corte, a tintura, manicure, pedicure. Inclusive escolher o terno adequado, a camisa, o nó da gravata, a cueca, amarrar-lhe o cadarço do sapato, fechar seu ziper , escolher o perfume, o desodorante, dentre outros.
- Redigir e sugerir o melhor discurso e antecipar-se às palmas e aos "vivas".
- Ensinar o candidato a sorrir em acasiões propícias 
- Apresentá-lo aos mais humildes e figuras importantes.
- Recomendá-lo e pedir votos em seu bairro e em todo o município.
- Acenar a mão, quando ele estiver distraído.
- Passar-lhe o lenço em caso de lágrimas ou suor. Em caso de calor, abaná-lo até sentir-se satisfeito..
- Ensiná-lo empostação de voz e posicionar-se no palanque e junto ao microfone.
- Ler todas as notícias elogiosas a ele, seus antepassados e sintonizar seu canal preferido, as novelas, o futebol, -servido-lhe inclusive o uisque predileto.
- Embora não seja seu clube, passe o torcer pelo dele, usando a respectiva camisa.
- Jamais esqueça de deixar seu pijama, touca e chinelos perto da cama, sem antes espreiar o Baigon.
- Depois de tudo isso, deseje-lhe uma boa eleição (aliás boa-noite) e que os anjos lhe guardem.
- Sendo mesmo um dedicadíssimo servo, você vai ter ainda que acompanhá-lo em todos os showmícios, aplaudindo-o e segurando aquele imenso pau (da bandeira), do seu partido.

    Por fim, se o gajo vencer mesmo o pleito, você também vencerá, ganhando uma vaga,agora, no Palácio ou na Edilidade e subirá ao pódio (embora) dos contumazes subservientes, porém de peito e alma lavados, afinal os "invejosos" e os "incompetentes" que se lixem ou façam o mesmo.



 

terça-feira, 12 de junho de 2012

BÊNÇÃO DIVINA



       Esta é uma história real e incrível, acontecida por volta dos anos 80. 
       Eu morava em um determinado residencial em Belém e lá um dia, notou-se que uma senhora aparentando uns 45 anos, vestes em trapos,olhar cabisbaixo, com uma aparência de desequilíbrio mental e bastante debilitada, - passava o dia sentada nas esquinas e por volta do meio-dia,batia em qualquer porta a pedir um pouco de comida, sempre com uma latinha na mão. Passou-se um período de três meses aproximadamente e aquela pobre mulher todos os dias, repetia o mesmo ritual. Certa vez, percebi que ela escolhera para passar as noites, uma construção ao lado de nossa casa, cuja obra encontrava-se a algum tempo paralizada .Aí já passou a bater em nossa casa todas as manhãs solicitando um pouco de café que complementávamos com um pedaço de pão, ela em voz baixa, agradecia e entrava em "sua improvizada morada".
       Mais três meses se passaram e ela repetindo tudotodp dia. Porém certo dia desconfiou-se de algo, mas os vizinhos não quizeram perguntar-lhe.
       O tempo passando e em determinada manhã de um rigoso inverno, acordamos com ela batendo, quando o dia mal clareava. Tentei perguntar-lhe se estava acontecendo algo com ela. Disse-me apenas que queria falar com minha esposa. Apressei-me em chamá-la. Ela então solicitou-lhe que a acompanhasse, até ao improvisado dormitório. Minha mulher assustou-se ao ver a dramática e penosa cena. Aquela infeliz senhora acabara de dar à luz a uma robusta menina, que chorava e se debatia em seu "estranho leito" : alguns pedaços de papelão sobre peças de madeira e envolta a alguns molambos. Minha mulher, ainda pasmada com aquilo, deu-me a notícia. E saiu em busca de outras vizinhas para ajudar na tarefa de assear e logo cuidar daquele pequeno e indefeso ser humano. A criança foi logo assistida por pessoas experientes e logo devorou o sua primeira refeição,uma mamadeira cheia.Quanto à mãe, que ficara em frente à residência onde cuidavam da neném, fora aconselhada a procurar o posto médico para alguma prevensão. Disse apenas que não "carecia", porque já tinha tido um, em igual situação e não precisou de cuidados.
     Ai foi que uma senhora que passava e sabendo do acontecido, dirigiu-se à mãe e solicitou-lhe a criança,dizendo que era para uma irmã sua criar, que não tinha tido a felicidade de gerar um filho. A pobre senhora apenas respondeu: -Pode ficar! Em seguida foi embora sem ao menos olhar para aquele pequeno ser, que acabara de trazer ao mundo e que agora já protegida e amparada, batia os pezinhos em um merecido berço.Sua mãe sumiu do conjunto e da filha e meses depois, soube-se do seu falecimento, na cidade de Bragança, de onde seria  oriunda -talvez em circunstâncias de um parto naquelas condições -e depois comentou-se que ela antes teria contado, ter sido vítima de estupro,depoi que saiu da casa de parentes no Bengui, perdendo-se, não sabia o nome destes, logo não conseguiu mais voltar. 
    Ainda assistimos anos depois,a linda criança, agora aos sete anos de idade, passar em frente de nossa residência, com os pais adotivos. Minha senhora, não se conteve e correu a abraçá-la dizendo-lhe: -Fui eu quem primeiro te viu, ao nasceres aqui nesta casa! A criança, parecendo já ter sido cientificada, retribuiu-lhe o gesto e saui olhando para trás, até sumir.
     -Fora realmente, uma bênção Divina. 

OS "MALAS" NUNCA SE RECONHECEM COMO TAL


   
   Não sei sinceramente se todos tiveram o desprazer da convivência com a figura do "mala".
  Sta. Izabel dos meus tempos de infância, talvez contasse com 3 mil pessoas na zona urbana, uma cidadela mais pacata que se pode imaginar. Na época, a gorotada levava boa parte do tempo, após as aulas no "Sílvio Nascimento", a jogar futebol nas ruelas e nos quintais, petecas, times-de- botão,criando passarinho, empinando papagaios,pescando e nadando nos maravilhosos igarapés. Nossa turma, que compreendia os meninos do Centro,
era bastante divertida. Porém tinha os "amamãezados"
os brigões, os mais quietos e sempre tem um "mala". Esta figura é aquela que "sempre se acha o melhor em tudo",ganha de todos na bola ,as meninas, enfim o cara é ele e pronto.Porém nem tudo é perfeito, o nosso "campeão" não tinha muita intimidade com as letras e muito menos com os números. Era penoso e gozado vê-lo no quadro negro, não saber concatenar palavras e se enrascar com pequenos problemas algébricos. Era portanto, o seu reconhecível fraco  -apesar das gozações, ele não se dava por vencido.
    Já aos 16 ou 17 anos, boa parte daquela turma do bairro, ingressava no Izabelense, ante a sua não aprovação, alguns até pensaram em desistir de ser titular do clube, porque só ele "jogava" e era o bom ,não admitindo os erros dos outros.
    Depois de muito tempo, aquele grupo de jovens sonhadores, começou a disperçar-se, por mudanças de família para outras localidades, e outros fatores. Eu particularmente, passei a residir em Belém, onde fiquei cerca de 30 anos.O meu indigitado "amigo" também passou uns 10 anos, quando morou em dois Estados brasileiros. Nos aposentamos quase ao mesmo tempo e preferimos voltar à terrinha. 
     Na época eu editava um mensário de nome "Jornal  Izabelense" e quanto ao "amigo" eu pensava que tinha mudado de comportamento, pois trabalhara em empresas significativas por onde passou. Em um dois primeiros reencontros que tivemos com outros  colegas, logo demonstrou que não tinha mudado absolutamente nada e desfechou um rosário de adjetivos, depreciando o meu trabalho frente ao jornal, tachando-o pejorativamente de "Jornalzim"sic. Confesso que me decepcionei, mesmo assim, naquele momento eu retruquei-lhe, dizendo que ele não sabia sequer escrever uma só frase e como assim,  fazia crititicas e deboches de algo que não tinha capacidade para executá-lo?. Tive tempo ainda de dizer que aqui em Sta. Izabel, necessitava de uma rádio e deixei a mesa muito chateado. 
    Meses depois ele deve ter ficado feliz da vida, quando parei a publocação jornalística, face a falta de apoio financeiro local.
    Passado algum tempo, vi que ele estava inaugurando com um amigo nosso, uma emissora. Para encurtar a conversa, o "casamento" não durou nem dois anos, por motivos óbvios e, hoje, o seu ex-parceiro reclama na Justiça a devolução do equipamento que comprou e deu origem a tal emissora , que inclusive sugeriu o nome.
    De minha parte, ouvindo hoje a lastimávele e caricata programação, cuja concessão do governo federal, exige "promoção cultural para as comunidades" -só posso cognominá-la de "radiozinha cipó", (com todo o respeito às verdadeiras)  -porém,minha educação e tolerância com certas "mediocridades" , não me permite isto.
   - Resumindo: um "mala", nada mais é, que um frustrado invejoso e incompetente.
  

RETORNO PERIGOSÍSSIMO



        Com minhas desculpas aos leitores, não postei entre o sábado e boa parte do domingo, tendo em vista a falta de energia (incrível!) em minha residência.
    Todavia registro mais um acidente à altura do retorno, bem em frente ao Posto Oriente (antigo Camisinha). 
    Em ali passando, no sábado por volta das 10 h da manhã, notei um aglomerado de pessoas e logo percebi tratar-se de acidente, pois no local também se encontravam viaturas da PM e dos Bombeiros, além de uma moto jogada bem em frente ao poste que sustem a placa, com o nome do referido estabelecimento. Após colher informações, certifiquei-me de que um cidadão, (que já se encontrava na ambulância), ousara atravessar do Jardim das Acácias, para o lado oposto. E por um golpe de sorte, não fora colhido por um veículo, que se dirigia em extrema velocidade no sentido Belém-Castanhal e o seu pequeno veículo amortecera o impacto, em plantas ao pé do referido poste. Este cidadão, que aparentava estar sob efeito de alcool ou outra substância tóxica, para alguns, o acidentado "nascera de novo". Já outros, que por ali transitam ou trabalham, comentavam o constante perigo e o número elevado de acidentes naquele trecho da BR-316, pelo fato da não utilização da passarela e não existir nada que controle ou reduza a impetuosidade e a imprudência de motoristas e pedestres.
     Como se trata de um perímetro urbano, um sinal, um redutor de velocidade, ou até mesmo uma lombada (como a que existe no sentido Castanhal-Belém) evitaria mais tragédias.
    -Quem se propõe tomar tão necessárias e urgentes providências, que o caso requer? 
    

sexta-feira, 8 de junho de 2012

CARTUNLINO ( DEU NO JORNAL EM 2009)


     " Prefeitos se Armam Contra Iminente Crise"
           (Eles se deslocaram até Brasília, para sollicitar ajuda ao presidente Lula)


                 - Ainda bem que comparecemos bem "preparados"...

NOSSOS ÍDOLOS



Em 1964 uma equipe do Iza. Vemos em pé: o vice-presidente João Picanço, Edmilson,Osvaldino,Carolha, Cacareco,Chico, Jurandir,técnico Eurico Hungria e o presidente Jairo Pereira. Agachados: Adê,Orlandino,Pipio, Formiga e Roberto.
         NEGO CHICO  (Em memória)

    Lá por volta de 1955, um grupo de jovens izabelenses, resolveu formar um clube de futebol. Todos simpatizantes do "Leão Vermelho" (como o  saudoso mestre Silva cognominava o Izabelense), acharam sugestivo o nome Leãozinho Esporte Clube. Durante a escolha de jogadores, alguém informou que tinha um "neguinho" lá pelas bandas da Quinta Nova, com jeito e pinta de craque. Era Francisco Fernades da Silva, que após a convivência com a garotada,  ficou conhecido carinhosamente como, Nego Chico.

     Originário da área rural, por vezes chegava montado em cavalo, para os treinamentos, apesar de seu genitor, o conhecido Raimundo José, também possuir uma casa na Trav. Aratanha (hoje Irmãs Santana). Tivemos o privilégio de atuar com este excelente lateral-esquerdo, um dos melhores nessa posição, que nosso futebol produziu, que além de voluntarioso era dono de uma incrível resistência física. Quantas e quantas vezes enfrentamos o Paroquial de Castanhal, time forte daquela cidade, que era de nossa categoria e quantas vitórias conquistamos juntos.
    Depois, por volta de 1960, já adultos, Chico nos acompanhou, quando fomos chamados para compor o quadro titular do hoje Frangão da Estrada, convidados pelo saudoso e incansável Manoel Silva. Ele, já um jogador experimentado, após algum tempo, ocupou a posição do veterano Osvaldo Kenzol. Foram anos de glórias no Izabelense, com vários campeonatos vencidos e diversos torneios, que o consagraram. Chico também foi titular da primeira Seleção do Município em 64, bem como, no ano seguinte. Seu comportamento de um rapaz simples e pacato, mudava nas quatro linhas quando se transformava em um "xerife" pelo flanco esquerdo de sua zaga. Quantas lembranças do quarteto Alvi-Rubro: Vicente (falecido recentemente), Jurandir, Edmilson e Chico, poucos conseguiram sobrepujar essa inexpugnável muralha. Tempos depois, alguns castanhalenses ainda perguntavam, se aquele "negão" (referindo-se ao Chico), ainda jogava futebol por aqui. Embora não se tenha conseguido dados precisos, acredita-se que ele tenha atuado até os anos 70, porém sempre com a camiseta do seu Atlético Clube Izabelense, da qual tinha muito orgulho.
    Em conversa que tivemos com uma de suas filhas,era flagrante a saudade que o pai lhe deixou, de nossa parte e de todos os companheiros de clube, só  podemos proferir-lhe elogios, pelo dedicado atleta que foi e o seu leal companheirismo.
     Tenho lutado para que o nosso glorioso e octagenário clube, se organize enquanto uma verdadeira sociedade esportiva, construindo inclusive, sua sede social, que é casa onde pode se reunir, o passado, o presente e o futuro, isto é, todos os seus beneméritos e, lá na vitrine dos Grandes Atletas, sem dúvidas estará o Chico, em lembrança viva, dentre outros que sempre souberam honrar, as cores vermelha e branca do A.C. Izabelense.
    
    

quinta-feira, 7 de junho de 2012

REMINISCÊNCIAS



        Meus amigos:
    Hoje cerca de meio século passado, ainda sou movido pela emoção, quando observo uma das fotos que  diz respeito inclusive à minha infância: o prédio da primeira estação ferroviária em nossa cidade. Não sei bem em que ano fora construído, porém aos meus 10 anos de idade, tinha a noção de como era organizado à época, o sistema de transporte ferroviário no Estado, isto é, o que significava a Estrada de Ferro de Bragança em nossa região.
    Depois do Orfanato Antonio Lemos (como era chamado o nosso atual Colégio), a referida estação, disputava com este, qual o mais imponente e requintado prédio, da cidade, e que se localizava mais ou menos, onde é hoje a loja do Sr. Trajano. 
     Naquela época, já o conheci desativado e segundo ouvia os adultos dizerem, que fora em função  de um mau planejamento, que não permitia espaço para o desvio do trem. Porém até meados dos anos 60, aquele edifício, agora completamente abandonado, sem portas, janelas quebradas, a imensa varanda (coberta com vidro impotado do exterior) depredada,paredes sólidas porém tomadas pelo lodo, o teto apodrecido e o piso que era em lindo mosáico, quase todo danificado ;a sujeira e a fedentina exalavam e denunciavam o triste abandono. Aquele outrora  imponente edifício que custara tantos contos de réis, fora totalmente esquecido pelo poder público ou pela insensibilidade humana. Agora era apenas um galpão fétido, que servia para abrigar animais como cavalos,jumentos, cães vadios e vez por outra, famílias indigentes, que ali amenizavam seus infortúnios. Era por conseguinte, o início do iminente fim. 
   Quantas saudades porém, do gostossísmo tacacá da dona Nezinha, que servia a todos, naquelas memoráveis tardes izabelenses, tão serenas quão descontraídas, cuja venda era à sombra do magestoso prédio, na parte frontal. 
     Por volta de 1970, em plena Ditadura Militar, que extinguiu a EFB, eu era funcionário do extinto IPEAN (hoje a EMBRAPA), ainda tive o desprazer de  assistir os escombros desse prédio, que impensadamente um gestor local, resolveu colocá-lo ao chão.  Ninguém lhe advogou clemência, ante a irrevogável sentença.
     Quando vemos hoje, o município sem ter condições de construir espaços físicos para abrigar seus órgãos administrativos, nos vem a lembrança do despropositado ato, de demolir um prédio de beleza arquitetônica ímpar e solidez quase infinita -que hoje abrigaria muito bem, duas ou três secretarias ou se melhor aproveitado, um museu cultural.
    Agora, que tudo faz parte do passado, ficou apenas a amarga lembrança e a talvez irrespondível interrogação:
    Até onde irá a inconsciência humana, com relação ao nosso patrimônio público ? 
A saudosa e bela Estação Ferroviátia
 

AMISTOSO: REMO 2XO IZABELENSE



      Em um jogo-treino realizado ontem à noite no Baenão, o Clube do Remo venceu o Izabelense por dois gols a zero. Como se sabe, ambas as equipes vêm se preparando para futuros compromissos, sendo que o Leão de Antônio Baena disputará a Série D do Brasileirão ( vaga cedida gentilmente pelo Cametá) e o nosso Frangão tenta engrenar uma equipe para o Campeonato da Segunda Divisão Paraense (a Segundinha) que deverá começar em setembro próximo.
     O nosso Vermelhão já iniciou seus treinamentos desde o mês passado e tem apresentado novidades em seu elenco com jogadores já "rodados" em outros clubes e alguns menos conhecidos, sob o comando do técnico Nélio Pereira, que promete muito empenho para que o Frangão chegue novamente a fase principal do Parazão.
     O jogo foi bastante corrido e embora o Izabelense tenha mostrado bom futebol, o Remo soube aproveitar as duas chances de gol.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

UMA QUESTÃO DE TEMPO ?



      Pesquisando vários clubes do mundo, chegamos ao  Desportivo Millonarios (com dois eles mesmo), da Colômbia. Como bem diz o nome, é uma agremiação futebolística que encerra os ricaços deste país. Nos anos 40, contou com uma equipe poderosa, onde alinhavam grandes astros da época, como os argentinos Nestor Rossi, Di Stefano e outros cobrões, enfim era um Real Madrid ou um Chelsea daqueles tempos.
   Focalizando a política, temos também as "equipes milionárias", onde o gajo para atuar tem que entender do "riscado" ou no mínimo, possuir um elevado "QI" . Ali no entanto, se incluem os que "jogam" por aquiescência do "presidente", de quem são fiéis escudeiros e às vezes capachos -aliás a única condição para quem não é do ramo endinheirado, é ficar tentando um lugar ao sol, penitentemente na "arquibancada" bradando, elogiando e derramando loas às qualidades dos dirigentes. A despeito dos antigos "jogadores",  não aceitarem de bom grado a situação, temendo naturalmente, perder suas "suadas" posições -há de se convir porém, que a persistência e a capacidade dos grandes "craques", jamais sucumbirão, diante de alguns "cabeças-de-bagre".
   Azar portanto, de quem ainda acredita em "time pequeno",contos de carochinha, ou histórias pra boi dormir. 
     Daqui a pouco, estaremos exportando verdadeiros "talentos" nesta área. 
     É só uma questão de tempo.  
   

terça-feira, 5 de junho de 2012

TIRIRICA QUASE "NOBEL"

                             
         A julgar pela lapidar frase, o palhaço-deputado (ou é ao contrário?) Tiririca, pode ser "nobelizado". Depois que soube que seu partido o PR-SP, vai apoiar José Serra para prefeito da capital paulista, logo baixou-lhe o espírito filosófico: "Ainda bem que eleição não é concurso de beleza".
   Da mesma forma que se fosse uma prova de competência e trabalho, tinha muito "nêgo" repetindo a "Florentina" até hoje, por aí. Ou não ?
     
    Fonte: O Liberal,edição hoje, 5/6/2012.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

SELEÇÃO CAI FRENTE AO MÉXICO


  
      A Seleção Brasileira sofreu ontem (3), mais um revés, perdendo para nova equipe mexicana por 2x0.
   Embora tratando-se de mais um amistoso visando engrenar uma equipe, acende-se um sinal vermelho para a CBF, que deve se preocupar em fazer mais ajustes.
   Na realidade o México marcou bem, vigiando em cima o serelepe Neymar e quanto ao resto do ataque brasileiro, com menos criatividade, parava na barreira mexicana.
   O anfitrião fez os dois gols no primeiro tempo, inclusive um de pênalti. O Brasil forçou bastante na segunda etapa, mas não conseguiu chegar às redes do adversário e, segundo comentaristas, teve uma penalidade a seu favor, não assinalada pelo juiz .
    O técnico Mano Menezes (que vai continuar), deve  estar hoje, com as "orelhas quentes".
     

domingo, 3 de junho de 2012

CARAPARU: RAMAL PREJUDICA MOVIMENTO

O Jair e seu trabalho
OWilsinho e seu bem montado estabelecimento

                 A galera aproveitando o sol,  para  dourar-se



      É muito difícil uma pessoa que visite a Vila de Caraparu e não faça elogios, dessa beleza natural que possuímos, na parte Sul do Município. 
   Havia um bom tempo que não descia até aquela região balneária, por problemas particulares. Hoje domingo (3), resolvi botar a bermuda a camiseta e o chinelão e rumei para encontrar-me com o bucolismo e velhos amigos que que ali residem e fazem a Vila movimentar-se, principalmente no "weck end". 
     A primeira parada foi no Bar do Bolacha, onde tomei um refrescante guaraná e o atendimento é ímpar, com bebidas super geladas, peixe frito e churrasco. Depois visitei o Jair, caboclo trabalhador, que aluga seus barquinhos, salva-vidas e afins. Em seguida fui até ao Bar Rio Caraparu, do companheiro Wilsinho, onde degustei uma excelente maniçoba, cujo "restô" está agora, com um variado cardápio, música ao vivo e a fidalguia do proprietárioa -além de muitos outros estabelecimentos, que abrilhantam a aprazividade e hospitalidade local.
     A partir do Conj. Cézar Gaspar, já se nota a quietude e o verde da floresta que acompanha a PA-140, que até o Porto de Minas, apresenta-se em bom estado, muito embora a ponte neste balneário, continue assustando os motoristas, isto é, prestes a cair. Quanto ao ramal para a vila caraparuense, infelizmente é um absurdo. Embora note-se que a Prefeitura vem realizando a famosa "operação tapa buracos", porém da grande curva à cerca de 3 km de Caraparu, até veículo grande sofre com a trepidição, causada pelo leito do ramal bastante irregular e a imensa buraqueira. Sobre este fato, ouvia-se comentários de visitantes (provavelmente carreteiros) e mais ainda dos comerciantes a margem do rio, que reclamam da queda de suas vendas. 
     Muitos sabem que a solução para ali é alargar mais o ramal e fazer-se um asfaltamento condigno, o que aquela Vila bem merece, ou ainda, abrir-se um travessão a cerca de 500m da ponte do Porto de Minas, que chegaria na margem esquerda do Rio Caraparu e ali, se construiria uma praia artificial. 
    Apesar dos pesares, ainda é a centenária vila que dá o que falar. Porém se falarem mal, não culpabilizemos ela e nem seus pacatos moradores, e sim, aqueles que não têm consciência, de que uma região como aquela, jamais pode ser menosprezada -ela sugnifica acima de tudo, divisas para este município.
     -É uma pena.
       

sexta-feira, 1 de junho de 2012

NOSSOS ÍDOLOS

NAN aos 58 anos,funcionário de uma farmácia no Centro


No Izabelense em 87, o quarto (em pé), da esquerda para a direita
         


       Se acaso perguntarem quem foi ou quem é João Alves da Silva em nossa cidade, provavelmente alguns terão dificuldades em responder, porém se indagarem pelo Nan ex-apoiador do A.C. Izabelense nos anos 80, a resposta é afirmativa.
      Embora tenha nascido em Belém, no dia 5 de dezembro de 1953, sendo filho do casal Raimundo Alves da Silva e Joana Eleutério da Silva, a (dona Janoca). Nan é casado com a Sra. Maria da Conceição das Chagas, com quem teve três herdeiros, que ainda chegaram a praticar  futebol.
      Com 1,78 m de altura, nosso entrevistado disse que começou a jogar futebol em 1973, aos 20 anos de idade no Vermelhão da Estrada, também serviu à Seleção Municipal de Sta. Izabel e a de Vigia, em seguida atuou no Castanhal E.C. da vizinha cidade.
      Os que viram atuar este excelente meio-campista, devem ter notado que aparentemente era lento, porém possuidor de um toque preciso e refinado, bem como uma extrema visão de jogo, somado a precisão na área, em cobranças de faltas e penalidades máximas. Durante sua longa carreira, conquistou alguns títulos como: Intermunicipal de 79; vários campeonatos locais na 1ª Divisão; Campeão Master e Supermaster Paraense;bem como , comquistou torneios importantes. Porém relembra com tristeza, um campeonato perdido para o Paysandu em 81, quando o Izabelense tinha tudo para chegar ao cetro máximo e o time foi garfado visivelmente, por um juiz venal. 
      Em sua opinião, o jogador Dadinho (que atuou nos dois grandes da Capital) , era o mais difícil de ser marcado e acrescenta que a Tuna Luso foi um dos times mais fortes de enfrentar, principalmente no Sousa e mesmo como apoiador marcou inúmeros gols em sua carreira, e também lembra uma vitória muito suada,  contra a própria Cruz de Malta , por 1 x 0, pelo Certame Pearaense. Ele cita o ex-armador Dejalma (seu companheiro de ala), como um dos melhores na época e o treinador Eurico Hungria (já falecido), como um dos bons com quem trabalhou. Quanto ao que falta ao futebol de nossa terra na atualidade, ele definiu com a seguinte frase: " Força de vontade, patrocínio e estrutura adequada." E quanto ao futebol praticado hoje ele disse : " É mais moderno , porém mais fácil." Citou Edilson Abreu como o melhor entre os dirigentes com conviveu. Confessou ser torcedor do A.C. Izabelense (desde criancinha), em Belém é simpatizante da Tuna Luso, Flamengo no Rio e Corinthians em São Paulo. Quando solicitamos para que ele fizesse uma seleção de craques da sua época, assim delineou: Curió; Paulinho,Lucivaldo, Val e Carlinhos;Edmar,Dejalma e Ele (próprio); Santos , Puruca e Paulo Tapioca.
    Hoje próximo de completar 59 anos, diz que ainda não se afastou das quatro linhas, pois além de ter dirigido a Seleção Izabelense em 98, ainda joga suas peladas com os amigos de vez em quando. 
    Acrescentou que tem muitas saudades de sua fase futebolística porque : " Tive muitas alegrias e conquistei muitas amizades." Quando instado sobre se já  pendurou a "chanca", ele foi enfático: "Ainda não pendurei !"
     Como vimos, Nan é mais um ídolo que merece ser reverenciado, naturalmente pelo futebol que praticou em defesa das cores do município e em particular, no glorioso A.C.Izabelnse. 
     É portanto, um dos que merecem, ser considerados como mais um componente da vasta Galeria dos Grandes Atletas de noss terra.
     
 

DISSEOLINO



   Ainda imbuído no propósito de esclarecer certos termos que a princípio nos parecem esdrúxulos, eis-me aqui novamente (outra vez, de novo), com essa espinhosa, às vezes desnecessária e pávida missão. Oportunamente apresento-lhes o verbete: 
   PASSAROLA. Não temeis amigo leitor. Apesar da esquisitice aparente, (ou aderente ?), a palavra quer dizer: ave grande (ema, avestruz); ou, denominação dada ao termostato, descoberto pelo padre Bartolomeu de Gusmão.
    -Vedadas portanto, possíveis insinuações tendenciosas. 

DITO E ESCRITO:


                                                     

    "O mais difícil não é fazer cenas de sexo, é assistir."

   Frase (na revista Veja da semana passada), que também pode tornar-se "antológica" (à brasileira é claro),atribuida a este olhar estonteante e marcante da lindíssima atriz Juliana Paes,que fará o papel de Gariela, na nova versão da Globo.
    Diante dessa verdadeira lição, o quase septuagenário aqui, o máximo que conseguiria, era levantar sua inglória "bandeira da paz".