Era uma sexta-feira ante-véspera de uma eleição e por volta das 23 h, naquela pequena e silenciosa comunidade de pouco mais de 200 pessoas, das quais 70% votavam. De repente ouviu-se um ronco de motor, cujo veículo camuflara-se embaixo da frondosa castanheira, em frente a casa do líder local, que acordara e com uma lanterna, logo identificou o cidadão. Deixou-o à vontade na varanda e minutos depois retornava com vários nativos e uma grande lista de promessas não cumpridas pelo visitante, que ali estivera há quatro anos atrás. Após ler a referida listagem (que correspondia à sua própria sentença), o político saiu-se com esta: -Não, isto aqui tá tudo pago.Lembram daqueles pacotes de alimentos que eu doei na eleição passada?..
Foi o estopim do incêndio (literalmente), pois alguns mais "inflamados", já se preparavam para atear fogo na kombi do "dadivoso político".
Até hoje não se sabe como conseguiu escapar entrando no carro cheio de gêneros alimentícios e "cantando os pneus", sob o apupo e a ira geral dos comunitários.
O certo é que nunca mais colocou os pés ali. Sem dúvidas foi procurar novas comunidades carentes e aplicar seu sórdido golpe eleitoral.
Aduzem alguns especialistas no assunto, que a estratégia de distribuir cestas nas sextas (ante-véspera de eleição), é para que o eleitor, uma vez bem "alimentado", vote (in)...consciente.
Qualquer semelhança, considere-se mera coincidência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário