quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

TESTE DE PACIÊNCIA E REFLEXÃO

       Ontem (quarta-feira 17), tive a necessidade de ir à Capital e cheguei ao ponto de ônibus às 8h25. Exatamente às 8h40 surge a primeira condução e para minha falsa alegria, o veículo estava vago. Em seguida deu para perceber, que o condutor um senhor aparentando mais de 60 anos, falava em voz alta ao celular, perguntando a alguém, qual o veículo que saíra a sua frente. Ele ficou paralizado uns cinco minutos no ponto e seguiu. Às 8h55 parou para abastecer no posto da BR e as 9h00, chegamos, mas, na passarela em frente à cidade. Aí continuou o suplício, em todas as paradas de Benevides até Belém, o cidadão parava sorridentemente e proseando com o cobrador, que após virar a placa para 2 reais, pela janela do lado acenava com um pedaço de jornal, chamando os passageiros. 
   Deu para conferir da curva do Cupuaçu, até o Castanheira, uns 30 pontos de ônibuas e fazendo uma média, dentro de 30km ele parou a cada 1km.
     Já ali pela passarela do Coqueiro, notava-se nos passageiros a marca da estafa, a impaciência. Uma senhora ao meu lado,  carregava uma criança ao colo, aparentemente enferma choramingava e a mãe, preocupada com o horário da consulta, falou: "Hei motorista, o senhor quer levar todo mundo de uma só vez? Uma voz lá de trás masculina, disse: "Logo vi que era esse embromador, que estava ao volante!" - e seguiu-se o burburinho. O condutor, fazia que não era com ele e seguia sua marcha de cágado, proseando com o auxiliar. Um único cidadão que não se mostrava irritado era um senhor na fila à minha direita, que dormia e ressonava, talvez sonhando em já ter chegado ao local que se dirigia. Me contive para não ouvir aquele "delicado" conselho : "Tá com pressa, pega um taxi !".
    Eu ia descer em São Braz, porém a paciência esgotou na Tavares Bastos. Desci, apanhei um ônibus urbano e ainda passei pelo nosso "lépido coletivo" em frente ao Bosque Rodrigues Alves. Confesso ter tido vontade de mostrar o dedo médio para o decrepto motorista, mas me contive na minha humilde resignação -quando meu relógio marcava 10h10. 
   Depois verifiquei: se ele faz aquilo, é porque permitem. O Poder Público parece não ter condições de intervir.
     -Agora eu pergunto: é ou não é, um teste de paciência e reflexão?
     

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