domingo, 15 de janeiro de 2012

A FIGURA ENDÊMICA DO BAJULADOR

       Os izabelenses natos e que já chegaram ou passaram  dos 60 anos de idade, devem ter lembrança do que se passou entre os anos 50 e 70 nesta terra. 
    Um cidadão conterrâneo resolveu entrar para a política e dada a sua condição de esculápio , muito facilitou a sua incursão na vida pública .Apesar de ter sido eleito por cinco vezes para a Câmara Estadual, nunca se conseguiu saber ao certo, qual seria o seu projeto de  desenvolvimento para esta terra  - mesmo por que, nossa  pequena população, só tinha uma  única opção em termos de assistência médica, sem poder questionar sobre política.Por muito tempo,  o cidadão deu as cartas no município,  conseguindo domesticar o povo, com o clientelismo e lá se foram trinta anos de domínio, porém de estagnação para Sta. Izabel. 
    Aqui como em qualquer lugar, existiam as pessoas que votavam por reconhecimento de algum "favor" recebido e como em todo lugar, existiam os famosos baba-ovos , também conhecidos como leva-e-trás. A influência do tal "líder" era tamanha, que até mesmo o Legislativo se curvava à sombra do "chefe", protegendo-se e pensando mais na carreira política do que em suas atribuições, como representantes do povo. 
   À cada visita que o "chefe" fazia à cidade (ele  não residia aqui), eram eles os "correligionários", que se encarregavam dos fogos, antecipavam-se em palmas e vivas e assim,  iam-se passando os anos, ao sabor do assistencialismo que dava vida àquela politicalha e em contraposição, a decadência de um município que ascendera em 1934, em função de ser uma das mais destacadas vilas da Zona Bragantina . 
    Na década de 70, alguns dos participantes daquele grupo, começaram a torcer o nariz, para aquela despropositada situação, se organizaram  e elegeram um companheiro e em seguida mais um  e mais outro -até liquidar com a tal inescrupulosa liderança de então.
   Edilson Abreu chegava e assistia ainda a poeira fétida nas ruas, da polítcalha que quase insolvera o município. Tempos  depois , ingressava na vida pública e realizava um excelente trabalho , ajudando assim, a sepultar de vez a insólita situação anterior, -muito embora tivesse que resgatar o município do caos iminente por duas vezes e, ter que enfrentar uma oposição ridícula e doentia na época -cuja oposição, ajudou inclusive a eleger Antônio Simão que conseguiu estabelecer o caos, generalizado no município, com sua eleição em 2001.
    Hoje continua-se esperando  por administrações que se impunham pela sua proficuidade e que conduzam realmente esta terra  a um futuro promissor, quando só se vê permutarem-se alguns protagonistas , porém proliferam-se a cada governo, a figura dos bajuladores de plantão (vindos até não se sabe de onde) -,como que os nativos, não fossem suficientes.Claro que seus deveres é apoiar gestões estéries e que deixam muito a desejar, enaltecendo-as aos quatro ventos, evidenciando-se assim , seu oportunismo. 
   E nós que pensávamos, ter nos livrado da obscuridade  entre os anos 50 e 70 ...  
  

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