segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

HUMILHANTE DIFERENÇA

       Para falar a verdade, não conheço um só sevidor do Legislativo ou do Judiciário, que reclame dos seus vencimentos.
  Lendo ontem (22/domingo) em O Liberal, um artigo do insigne cel. Jarbas Passarinho, cujo título é:"Rebelde resistência à isonomia". Nele o articulista refere-se ao princípio da isonomia salarial entre os três poderes, que é atualmente, segundo ele, "um logro".Ele esclarece que essa igualdade de vencimentos, fora instituída em 1952, durante o governo de Getúlio Vargas. Porém (sempre tem um),anos depois, para atender reivindicações, os salários do legislativo e do judiciário passaram a gozar de autonomia, isto é, liberdade para fixá-los. Por conta disso,surgiram vantagens adicionais, quando os congressistas passaram a receber, auxílio moradia dentre outras "cositas" mais -que muito elevaram seus vencimentos.Dada a tal liberdade salarial, talvez tenha sido o obstáculo maior do governo Castelo Branco, em 64,  para realizar a sonhada equiparação salarial entre os funcionários da União, que era uma de suas metas.Segundo ainda Passarinho, em virtude dos salários dos parlamentares encontrarem-se ligeiramente defasados com o tempo,em uma votação simbólica ou "manobra",aprovou-se a equiparação de vencimentos destes, com os dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, mantendo-se todas as vantagens anteriores,inclusive ressarcimento de despesas pessoais. O articulista sita momentaneamente o episódio recente e vergonhoso do senador que prestou contas com despesa de motel em São Luiz do Maranhão, fato amplamente divulgado pela Imprensa.
  É possível que muitos lembrem, que no início do "austero" governo Lula, os congressistas auferiam algo em torno de R$ 8 mil e hoje com a equiparação ao Supremo, chegam a cerca de R$ 26 mil, somente os vencimentos.
  Quando vai parar tal discrepância? 
  Aqui junto-me a corrente do nobre coronel,na espectativa (esperança) de que os servidores do Executivo, sejam vistos e reconhecidos igualitariamente, como reza a Constituição.
  Não é possível pensar-se em um país forte financeira e economicamente, se não remunera de forma condigna, seus próprios servidores.
 
 
     

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