Se atentarmos bem, durante esses 78 anos de existência, o nosso município teve apenas dois deputados estaduais, eleitos aqui mesmo. Quer dizer, a cada 39 anos conseguimos eleger um representante na Alepa.
O primeiro, o médico Vitor Paz (filho da terra), que militou em nossa política por cerca de 25 anos e que conseguiu cinco mandatos consecutivos, apoiado por um grupo que lhe era coeso e fidelíssimo. Favorecido por sua profissão humanista, sendo também um aficionado pelo nosso futebol, o que muito lhe ajudou, enveredou pela política meramente assistencialista, esquecendo quase que totalmente sua verdadeira função parlamentar, pois sem uma atuação convincente e sem projetos que viessem engrandecer o município, acabou fomentando seu próprio declínio e exclusão política. Mesmo assim conseguiu eleger alguns prefeitos, porém faltava-lhes com o devido apoio naquela Assembleia e aos adversários ignorava-os todos. Teve portanto cinco oportunidades para fazer um bom trabalho no sentido de desenvolver esta terra, porém seu sistema de conduzir a política local, lhe fora o maior adversário. Já mesmo nos anos 60, muitos de seus adeptos lhe cobravam satisfações e depois de não serem ouvidos, pelo então líder, o abandonaram e 15 anos depois, terminava seu longo ciclo de liderança em Sta. Izabel.Sem sua participação efetiva e decisiva no parlamento estudual, o município experimentou o maior ostracismo que lhe levou à cruel estagnação em toda a sua existência.
Já nos anos 90, Edilson Abreu chegava à Assembleia Legislativa com uma expressiva e invejável aceitação popular, sendo o segundo mais votado. Após elaborar um interessante programa de atuação,renunciava meses depois, para se candidatar e ganhar um segundo mandato de prefeito em nosso município. Pelo menos àquela época dizia não ter vocação para legislar, daí sua renuncia. Apesar da explicação, frustrou muitos de seus eleitores, que eram também de municípios vizinhos.
De lá para cá, tivemos novos pleitos para deputado, porém o que se vê é uma desmedida falta de senso político, onde muitos (às vezes), sem a menor condição ou estatura política, embevecidos ou inebriados pelo poder e embalados em devaneios , candidatam-se, somente para atrapalhar aos realmente reúnem possibilidades para tal. Sem se falar naqueles que trabalham para eleger "paraquedistas" que continuam fazendo daqui, apenas uma horta eleitoreira, isto é, ao se elegerem desaparecem sem a menor cerimônia.
É por essas e outras, que continuamos (e podemos continuar), sem voz e nem vez junto aos governos estadual e federal.
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