segunda-feira, 25 de junho de 2012
IDEALISMO ÀS FAVAS
Quem é natural desta terra, sabe que ela não foi feliz quando fora destroçada e atropelada por uma politicalha que lhe ceifou a esperança de progredir, há muitos anos atrás . Hoje, ainda cambaleante, não consegue cultivar lideranças reais e duradouras,que lhe viabilizem o progresso pleno e continuado, o que poderia tê-la livrado, dessa espécie de esteira rolante,que lhe condiciona a apenas marcar passos.
O resultado da referida politicalha, fora tão avassalador, que além do desregramento e descompasso sócio-político, atirou o município no fosso negro do esquecimento e do amargo e vergonhoso retrocesso. Muitos municípios em torno de nós, já experimentavam prosperidade principalmente na década de 60, enquanto que aqui, éramos imobilizados em uma espécie de camisa-de- força tolhindo-nos o direito de melhores dias e comcretizarmos sonhos mais altos.
O grupo dominante, formado por um falso líder e alguns asseclas descerebrados e, motivados por pequenos favores pessoais e a seus parentes, festejavam a cada eleição, talvez não suas vitórias, mas o prazer mórbido em manter oprimidos os que ousavam se opor aos seus caprichos. As "retubantes vitórias", eram comemoradas com uma pompa tamanha, que fazia inveja a qualquer mortal, onde se promoviam lautíssimos rega-bofes, completando-se com estupendas festas, cuja quantidade de fogos demonstrava a força da poderosa facção à época.
Costumeiramente, passados quatro anos porém, deparava-se com um município, carente de tudo: saúde,educação, saneamento, emprego e um povo vilipendiado e refém da insólita "situação" -o que não justificava porém,toda aquela pomposidade e a desregrada farra, que marcava as conquistas eleitorais do grupo dominante -foram portanto, cerca de 40 anos de retrocesso, que amargou nossa população.
Porém, nos anos 80, o povo se reunia e partia para dar um basta naquele estado de coisas e em pouco tempo, ouvia-se um único foguete no céu izabelense,o foguete que simbolizava a dignidade de um povo, que forçado pelas circunstâncias, viu durante cerca de 4 décadas, suas esperanças, seus anseios e seus ideais, cerceados por um pequeno grupo opressor e inconsequente, que comandou a política por tanto tempo , deixando como saldo um município esquecido e abandonado à própria sorte. Muitos de nossos antepassados, que pugnaram pelo resgate e a liberdade desta terra, nos legaram com muito orgulho e luta este feito,deixando-nos um grande exemplo, o exemplo do izabelencismo, que lhes corria nas veias e que temos o dever de preservá-lo.
Hoje, parece que se desenha um cenário similar, onde novos atores(até com mais poder financeiro),começam a demonstrar suas intenções em se manter com as rédeas do poder, mais por influência capitalista, do que pela sua desenvoltura e ações progressivas, que justifique tal pretesão. Com uma extrutura organizada, tem conseguido arrebanhar muitos adpetos, que ontem eram defensores de ideologias contrárias ao capitalismo e portanto de seu torrão, unem-se outros que apenas acompanham as correntes políticas, que lhes julgam convenientes, com sua incessantes e vexaminosa busca da sombra do poder.
A oposição como se sabe, tem sofrido significativas perdas, face a quase "irresistível oferta" contrária. Porém, no crivo da honradez e do izabelencismo que muitos herdaram de seus antepassados em outras gloriosas batalhas, devem enfileirar-se os que realmente não abdicam de suas pétreas convicções e nem conseguem mandar seu idealismo às favas.
Apesar disso, somos todos oriundos desse pedacinho de Brasil. Resta-nos respeitar a "preferência" de cada qual.
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Mestre Lino,(Permita-me chamar-lhe assim)
ResponderExcluirSua analise é uma das formas mais diretas de analisarmos, desenharmos e compreendermos esta realidade politica que nos cerca.
O jogo de interesses, o jogo das ambiçoes, a falta de ideologia, a despreocupação social (pelo menos com os mais oprimidos) tem nos levado ao sabor das marés das elites.
Nosso povo está abandonado. O desenvolvimento, o progresso apenas passa pela BR 316, pouco nos deixa.
O centro é abandonado, a periferia largada a sorte de violencia.
Valha-nos quem, mestre Lino?