terça-feira, 12 de junho de 2012

OS "MALAS" NUNCA SE RECONHECEM COMO TAL


   
   Não sei sinceramente se todos tiveram o desprazer da convivência com a figura do "mala".
  Sta. Izabel dos meus tempos de infância, talvez contasse com 3 mil pessoas na zona urbana, uma cidadela mais pacata que se pode imaginar. Na época, a gorotada levava boa parte do tempo, após as aulas no "Sílvio Nascimento", a jogar futebol nas ruelas e nos quintais, petecas, times-de- botão,criando passarinho, empinando papagaios,pescando e nadando nos maravilhosos igarapés. Nossa turma, que compreendia os meninos do Centro,
era bastante divertida. Porém tinha os "amamãezados"
os brigões, os mais quietos e sempre tem um "mala". Esta figura é aquela que "sempre se acha o melhor em tudo",ganha de todos na bola ,as meninas, enfim o cara é ele e pronto.Porém nem tudo é perfeito, o nosso "campeão" não tinha muita intimidade com as letras e muito menos com os números. Era penoso e gozado vê-lo no quadro negro, não saber concatenar palavras e se enrascar com pequenos problemas algébricos. Era portanto, o seu reconhecível fraco  -apesar das gozações, ele não se dava por vencido.
    Já aos 16 ou 17 anos, boa parte daquela turma do bairro, ingressava no Izabelense, ante a sua não aprovação, alguns até pensaram em desistir de ser titular do clube, porque só ele "jogava" e era o bom ,não admitindo os erros dos outros.
    Depois de muito tempo, aquele grupo de jovens sonhadores, começou a disperçar-se, por mudanças de família para outras localidades, e outros fatores. Eu particularmente, passei a residir em Belém, onde fiquei cerca de 30 anos.O meu indigitado "amigo" também passou uns 10 anos, quando morou em dois Estados brasileiros. Nos aposentamos quase ao mesmo tempo e preferimos voltar à terrinha. 
     Na época eu editava um mensário de nome "Jornal  Izabelense" e quanto ao "amigo" eu pensava que tinha mudado de comportamento, pois trabalhara em empresas significativas por onde passou. Em um dois primeiros reencontros que tivemos com outros  colegas, logo demonstrou que não tinha mudado absolutamente nada e desfechou um rosário de adjetivos, depreciando o meu trabalho frente ao jornal, tachando-o pejorativamente de "Jornalzim"sic. Confesso que me decepcionei, mesmo assim, naquele momento eu retruquei-lhe, dizendo que ele não sabia sequer escrever uma só frase e como assim,  fazia crititicas e deboches de algo que não tinha capacidade para executá-lo?. Tive tempo ainda de dizer que aqui em Sta. Izabel, necessitava de uma rádio e deixei a mesa muito chateado. 
    Meses depois ele deve ter ficado feliz da vida, quando parei a publocação jornalística, face a falta de apoio financeiro local.
    Passado algum tempo, vi que ele estava inaugurando com um amigo nosso, uma emissora. Para encurtar a conversa, o "casamento" não durou nem dois anos, por motivos óbvios e, hoje, o seu ex-parceiro reclama na Justiça a devolução do equipamento que comprou e deu origem a tal emissora , que inclusive sugeriu o nome.
    De minha parte, ouvindo hoje a lastimávele e caricata programação, cuja concessão do governo federal, exige "promoção cultural para as comunidades" -só posso cognominá-la de "radiozinha cipó", (com todo o respeito às verdadeiras)  -porém,minha educação e tolerância com certas "mediocridades" , não me permite isto.
   - Resumindo: um "mala", nada mais é, que um frustrado invejoso e incompetente.
  

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