sexta-feira, 8 de junho de 2012

NOSSOS ÍDOLOS



Em 1964 uma equipe do Iza. Vemos em pé: o vice-presidente João Picanço, Edmilson,Osvaldino,Carolha, Cacareco,Chico, Jurandir,técnico Eurico Hungria e o presidente Jairo Pereira. Agachados: Adê,Orlandino,Pipio, Formiga e Roberto.
         NEGO CHICO  (Em memória)

    Lá por volta de 1955, um grupo de jovens izabelenses, resolveu formar um clube de futebol. Todos simpatizantes do "Leão Vermelho" (como o  saudoso mestre Silva cognominava o Izabelense), acharam sugestivo o nome Leãozinho Esporte Clube. Durante a escolha de jogadores, alguém informou que tinha um "neguinho" lá pelas bandas da Quinta Nova, com jeito e pinta de craque. Era Francisco Fernades da Silva, que após a convivência com a garotada,  ficou conhecido carinhosamente como, Nego Chico.

     Originário da área rural, por vezes chegava montado em cavalo, para os treinamentos, apesar de seu genitor, o conhecido Raimundo José, também possuir uma casa na Trav. Aratanha (hoje Irmãs Santana). Tivemos o privilégio de atuar com este excelente lateral-esquerdo, um dos melhores nessa posição, que nosso futebol produziu, que além de voluntarioso era dono de uma incrível resistência física. Quantas e quantas vezes enfrentamos o Paroquial de Castanhal, time forte daquela cidade, que era de nossa categoria e quantas vitórias conquistamos juntos.
    Depois, por volta de 1960, já adultos, Chico nos acompanhou, quando fomos chamados para compor o quadro titular do hoje Frangão da Estrada, convidados pelo saudoso e incansável Manoel Silva. Ele, já um jogador experimentado, após algum tempo, ocupou a posição do veterano Osvaldo Kenzol. Foram anos de glórias no Izabelense, com vários campeonatos vencidos e diversos torneios, que o consagraram. Chico também foi titular da primeira Seleção do Município em 64, bem como, no ano seguinte. Seu comportamento de um rapaz simples e pacato, mudava nas quatro linhas quando se transformava em um "xerife" pelo flanco esquerdo de sua zaga. Quantas lembranças do quarteto Alvi-Rubro: Vicente (falecido recentemente), Jurandir, Edmilson e Chico, poucos conseguiram sobrepujar essa inexpugnável muralha. Tempos depois, alguns castanhalenses ainda perguntavam, se aquele "negão" (referindo-se ao Chico), ainda jogava futebol por aqui. Embora não se tenha conseguido dados precisos, acredita-se que ele tenha atuado até os anos 70, porém sempre com a camiseta do seu Atlético Clube Izabelense, da qual tinha muito orgulho.
    Em conversa que tivemos com uma de suas filhas,era flagrante a saudade que o pai lhe deixou, de nossa parte e de todos os companheiros de clube, só  podemos proferir-lhe elogios, pelo dedicado atleta que foi e o seu leal companheirismo.
     Tenho lutado para que o nosso glorioso e octagenário clube, se organize enquanto uma verdadeira sociedade esportiva, construindo inclusive, sua sede social, que é casa onde pode se reunir, o passado, o presente e o futuro, isto é, todos os seus beneméritos e, lá na vitrine dos Grandes Atletas, sem dúvidas estará o Chico, em lembrança viva, dentre outros que sempre souberam honrar, as cores vermelha e branca do A.C. Izabelense.
    
    

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