Esta foi uma das primeiras Seleções representativas do nosso futebol, em pé Jurandir, Jorge,Formiga, Osvaldino, Chico e Bibito; agachados: Orlandino,Maranhão,Pipio, Canhoteiro e Lola: |
CANHOTEIRO
Ele nasceu no dia 29 de Janeiro de 1940, no bairro do Umarizal em Belém do Pará e foi batizado como Adilson da Costa Wanzeller, depois de um bom tempo fora "rebatizado" como Canhoteiro no meio futebolístico, pela facilidade de lidar com a pelota sempre pelo lado esquerdo, quer como ponta ou meia de armação. Com cerca de 1,60m, esse jogador sempre levava vantagem com os grandalhões pela agilidade e seus dribles desconsertantes. Depois das peladas nas ruas, o ainda garoto Adilson, chegava em Antônio Baena aos 12 anos e logo era aprovado para atuar na equipe juvenil do Remo -sendo que no ano seguinte , sagrou-se Tetra-Campeão dessa categoria (53-54-55-56). A partir daí, disputou várias partidas amistosas no time principal, onde revesava com o ponta-esquerda Chaminha. Em 1957 transferiu-se para o futebol de Porto Velho , Capital do atual estado de Rondônia -onde jogando pelo Flamengo local, sagrou-se campeão, naquele ano.
Canhoteiro ainda teve passagem por vários clubes como: Júlio Cézar, Belenense e União Esporiva da Primeira Divisão Paraense e São Francisco (Santarém); nos anos 60, tentou o futebol no Botafogo (RJ), tendo sido aprovado no teste de campo, porém o treinador o dispensou pelo seu pequeno porte físico. Convidado para atuar no recém-criado Vasco da Gama de nossa cidade, logo chegou à Seleção Izabelense em 64 e 65, com muito destaque; em Marapanim , foi campeão pelo Vista Alegrense e em 72 chegou ao cetro máximo atuando pelo Estrela do Norte (Segunda Divisão Paraense).
Dos marcadores que enfrentou, lembra do saudoso Nêgo Chico, dizendo: -Com ele a bola passava mas o jogador não! E ainda um outro chamado Touro, jogador do Esporte Clube Vitória da Bahia -explica em tom de brincadeira. Também nos relatou seu gol mais importante que foi pelo Flamengo (Porto Velho), que deu o título a este clube em 57.
Para ele o Quarentinha (Paulo Benedito Braga ex-Paysandu) foi um dos melhores na posição de meio-campista que viu jogar, do qual é amigo até hoje.
Canhoteiro também lembra com emoção um dos lances que mais lhe marcou: -Foi em 64 jogando pela Seleção Izabelense contra a de Soure. Eu pedi a bola pro Jorge (goleiro) na nossa intermediária. Aí eu saí driblando uns cinco jogadores deles. Quando cheguei à linha de fundo, vi o Lola que vinha de frente e cruzei recuado. Ele acertou o ângulo do goleiro deles, que quase nem se mexeu.
Ele também afirma que o que falta atualmente para o futebol de Sta. Izabel é o apoio das autoridades e dos comerciantes e, também darem chance ao jogador veterano, principalmente os mais experientes e acrescenta que "no passado havia mais união entre os jogadores".
Com relação aos atletas de sua época ele sita: o Molambo (ex-Jurunas),como o mais habilidoso, cmo também o já falecido Osvaldino (ex-Izabelense).
O nosso entrevistado disse ainda, modesto que sempre vai a campo para ver jogos interessantes e diz torcer ainda pelo Clube do Remo, Flamengo (RJ) e Corinthians (SP).
Ainda se fosse possível, gostaria de ver um time com a seguinte formação: Jorge Baleia; Haroldo, Casemiro, Socó e Caim; Pau Preto e Natividade; Zequinha, Estanislau, Valtinho e Neves.
Acrescenta que pendurou as chuteiras aos 43 anos, no dia 23 de dezembro de 1983 -embora o "gás" não tivesse acabado -diz.
Por esse dias (sábado 27), encontramos este ex-grande jogador e companheiro em nossa Seleção, no Estádio Edilson Abreu, e comentamos juntos, a apática atuação do nosso A.C. Izabelense, que perdeu por 1x0 para o modesto Bragantino, pela Segundinha do Parazão-2011.
O tempo passou, mas jamais podemos esquecer as grandes atuações de um dos melhores meio-campistas que tivemos no nosso futebol e que deu muitas alegrias aos torcedores de nossa terra, nos idos dos anos 60.
PS: A base dessa entrevista, fora extraída do "Jornal Izabelense" , edição de fevereiro de 1999.
Este amigo e conhecido craque, era casado com uma izabelense de tradicional família, ele após duas cirurgias no coração faleceu em Belém e foi sepultado em nossa cidade conforme seu desejo.
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