sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

REMINISCÊNCIAS


    Agora imagino-me no início dos anos 50. Na memória, uma pracinha  (aliás a mais conservada da cidade) , era a Praça da Bandeira, hoje utilizada como ponto de taxi. Ela possuía vários bancos de madeira, postes de iluminação em ferro, ajardinamento e uma espécie de quiosque ao centro, que mais tarde trocaram por um obelisco, com uma placa de inauguração que indicava o gestor que a  construiu e ainda grandes mastros. Quantos 7 de Setembros e comícios, ao som da bandinha do Seu Darlindo Correa, ali presenciamos. Era uma quadra de frente para o Mercadão e ao seu lado esquerdo, a Rua Cearense  ( hoje a José Amâncio), juntos, completavam um dos cartões de visita de Sta. Izabel, então com seus cerca de 25 anos de fundação e pouco mais de 5 mil habitantes. 
    A bela pracinha mais tarde ganhava novo aspecto quando inaugurou-se o Cine Palace, passando a ser( mais ainda) o ponto referencial da juventude àquela época.
    Quantos casais de namorados maduros ou jovens ali frequentavam às tardes primaveris e às enluaradas noites (até às 22 h) pois a partir daí, apagavam-se as luzes da cidade. 
    Nosso grupo de rapazes, quantas vezes íamos jogar conversa fora, discutindo sobre o futebol ou o próximo baile no Clube Thalia, onde se reunia a nata da sociedade em seu monumental e organizado salão.
    Como falei em obelisco, era alí que Francelino, (um simples fogueteiro da cidade), chamava a atenção de todos, com suas "oratórias inflamadas" sobre política e que a todos divertia.
  Infelizmente  foi-se a pracinha, porém sua imagem teria que ficar na mente daqueles que a curtiram: crianças, jovens enamorados e idosos, naquela Sta. Izabel de outrora.
    Dizem que a saudade dói, porém em parte nos ameniza, por ter vivido tempos tão especiais, em ambientes tão especiais como a nossa primitiva Praça da Bandeira.
    

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