sexta-feira, 29 de julho de 2011

STA. IZABEL DO PARÁ : RETROSPECTO DAS ADMINISTRAÇÕES

   Tomando por base a "História do Município de Sta. Izabel do Pará" , podemos ter uma nítida ideia da performance dos gestores (eleitos por voto direto) em  nosso município a partir de 1936. Este levantamento também servirá para que os cidadãos izabelenses tirem suas próprias conclusões, com relação a política do passado e quem mais contribuiu para o desenvolvimento de nossa terra, senão vejamos:
    Cap. José Rodrigues de Paiva (1936-1937) - atividades: instalou luz elétrica na vila de Caraparu e construiu uma escola na localidade Ponto Certo próximo a essa vila.
     Joaquim Alves da Silva (1947-1950) era panificador . Eleito pelo PSD, criou o Serviço Especial de Estrada de Rodagem; concedeu isenção de impostos à empresas novas; criou a Agência Municipal de Americano; construi as escolas de : Americano, Caraparu e do KM 14 (ramal da Vigia).
     Alfem Ferreira de Souza (1951-1954) era contador - eleito pela UDN -União Democrática Nacional, ele fazia parte do grupo de Victor Paz. Em seu governo registrou-se apenas a construção do prédio do SESP- Serviço Especial de Saúde Pública (onde hoje funciona a Secretaria de Ação Social) realizado pela União.
     Francisco Gonzaga do Nascimento (1955-1958) ex-motorista de taxi e empresário. Pessoa bastante simples, trabalhou pela conservação de escolas e outros prédios do município, bem como, das estradas vicinais. Sobressaiu-se pela dignidade e honradez.
     Felipe Ferreira de Paula (1959-1962) comerciante da vila de Americano. Faleceu  quase no início do mandato. Seguiram-se alguns vereadores, que completaram essa administração.
     Paulo Bentes de Carvalho (1963-1966), médico de Belém, eleito pela UDN e trazido pelo deputado Victor Paz. Tinha um projeto interessante para o município, porém sem o apoio daquele parlamentar, renunciou três meses após sua posse -asumindo o vice Raimundo Lacerda e posteriormente o vereador Pedro Miranda e ainda o outro vereador Reginaldo Faro. 
     Nestor Herculano Ferreira (1967-1970) era tesoureiro da prefeitura, sendo eleito por dissindentes da ARENA (partido da Revolução de 64). Apesar
de menosprezado pelo deputado Victor, ainda conseguiu realizar um excelente governo. Realizações: implantou o serviço telefônico na cidade em convênio com a Cotelpa; construiu a nova Delegacia de Polícia em convênio com o Estado; concluiu o prédio da Prefeitura; adquiriu o prédio Sobral & Irmãos e adaptou o novo Mercado; construiu as escolas: Parada Bahia (em Americano) e Felipe da Paula (na Areisa Branca); além de aberturas de várias ruas na cidade, conservou todos os ramais vicinais. Nestor planejava ainda construir a rodovia Transamericano (pelo antigo ramal da estrada de ferro , bem como, o prédio da Câmara Municipal.
     Raimundo Negrão Filho (1971-1972) era funcionário estadual e foi vereador. Em seu mandato de 2 anos chamado "tampão", nada realizou -apesar de ser correligionário do deputado Victor Paz.
     Alderico Queiroz de Miranda (1973-1976) foi funcionário dos Correios. Fora procurado às pressas pelos agora antogonistas de deputado Paz, que após uma acirrada campanha o levaram ao Poder. Logo após, se desligava de seus criadores e aparecia como uma nova liderança no município. Durante este seu primeiro mandato, seu carro-chefe fora o calçamento de várias ruas, quando conclamava alguns voluntários em forma de mutirão. Costruiu e reformou escolas e apoiou a agricultura. Construiu a Praça da Bandeira no lugar do velho Mercado. 
     Antônio Romão de Assis (1977-1983 , foi prorrogado por dois anos). Era professor e fora convidado por Alderico Miranda e juntos venceram as eleições daquele ano. Antônio, procurou o então governador revolucionário Alacid Nunes, do qual recebeu significativa ajuda. Conseguiu asfaltamento para as ruas, reformou e construiu escolas; construiu a Praça dos Expedicionários e a quadra esportiva Orlando Brito. Não podendo continuar os dois anos prorrogados, entregou o cargo ao vice Itamar Fernandes.
     Alderico Miranda voltava para o mandato de 1984 a 1987, com menos entusiasmo, este seu mandato foi bastante conturbado e que lhe valeu um inquérito e ao perder no tribunal paraense, ganhou em Brasília, tendo sido afastado do cargo por duas vezes no período, deixando as finanças abaladíssimas e o funcionalismo atrasado em seis meses e dívidas no comércio local.
      Edilson Paiva de Abreu, médico que depois de muita relutância, abraçava a carreira política e vencia as eleições de 1988. Neste mandato deu um grande impulso a Sta. Izabel, reorganizando as finanças, restabelecendo o crédito na praça e realizando várias obras, como: calçamento nas ruas, construção da Praça Sta. Izabel. Ginásio de Esportes Manoel Silva; quadras de esortivas;casa do idoso; escolas; saneamento básico; Mercado do Peixe e Feira Hélio Gueiros, e José Miranda além de realizar a Feira do Produtor Rural, todos os anos.
      Alderico Miranda, voltava  à Prefeitura em 1992. Este seu terceiro e último governo fora mais confuso, mesmo tendo pegado a prefeitura em total equilíbrio. Com assesores incapacitados sua administração a cada ano caminhava para o caos. Visando a produção de alimentos, isolava-se no campo e esquecia-se da cidade. terminou da mesma maneira que encerrou o outro mandato, isto é sem credibilidade e nem projeto palpável para o município, levando-o novamente a quase bancarrota
     Edilson Abreu voltava para governar no quadriênio de 97 a 2000. Novamente encontrava a Prefeitura totalmente desestruturada e arruinada, levando tempo para reequilibrá-la. Mesmo assim com muito esforço fazia as coisas funcionarem e ainda realizava algumas obras. Neste seu segundo mandato, não fora uma divergência com o então todo poderoso governador Almir Gabriel, teria tido um melhor desempenho.
    Antônio Simão ganhava as eleições de 2001, sob muitas esperanças do povo izabelense. Até hoje não se conhece a sua plataforma de trabalho e com pouco tempo o município caminhava para o descontrole o que lhe rendeu duas comissões de inquérito e vexames. Porém com 8 dos vereadores do seu lado (eram 13), coseguiu ir até o fim do mandato, com um indesejável desempenho.
     Marió Kato após receber um "abacaxi" de Simão no primeiro mandato em 2005, levando dois anos para sair do "atoleiro", conseguiu realizar algumas obras e reformas, inclusive saneando o inchado quadro de funcionários herdado do governo anterior.
     Marió voltava em 2009 quando esperava-se muito mais de seu governo pelo fato de já ter se familiarizado com o Poder, aplainado as dificuldades e trabalhar com uma "oposição" que não lhe incomoda. Porém é visível a desaceleração do seu trabalho, em relação ao mandato anterior.
    

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