segunda-feira, 15 de abril de 2013

NOSSO ESPORTE E OS COVEIROS


     Quem conhece (e militou) na história esportiva desta terra, no mínimo acha estranho o que vem ocorrendo nesses útimos anos.
     Somos de uma época, em que para se adquirir material para um clube, não se conseguia nem a terça parte. Os comerciantes mais fortes da cidade ofertavam 50 centavos ou no máximo 1 cruzeiro, outros nem isso.

      No início dos anos 60, aqui chegava um coletor federal, que atendia por José Pedro. Sendo um apaixonado pelo futebol, logo tornou-se presidente do Izabelense. Pela sua função, muitos (comerciantes) da época, tiveram que "penosamente" contribuir com, 50, 100, e até mais cruzeiros, que ele solicitava para ajudar o clube. Para "sorte" de muitos, este agente da receita federal, não durou muito tempo, fora "transferido" por picuinhas políticas (já viram isto?), para onde até hoje não se sabe -porém deixou boa parte do muro e o portão do estádio prontos e segundo ele, ainda construiria a sede (que até hoje não existe), tudo também, com ajuda de nós atletas, sendo algo que jamais se imaginava naquele tempo -além de ter legado um transparente trabalho.
      Nossa Liga era fundada naquela época (1964), pela força de desportistas, que apesar das dificuldades, tinham como trunfo, a organização de seus clubes, sem nenhum apoio das gestões públicas e nem empresarial.
      Nos anos 70, aqui chegava o médico Edilson Abreu e como aficionado desportista, resolvera dar uma força ao cambaleante A.C. Izabelense. Com a aclimatação e conceito que já possuia, investiu sobre os empresários e deles conseguiu substancial colaboração, fazendo inúmeros melhoramentos no estádio (que hoje leva o seu nome), participou de alguns campeonatos paraenses com equipes modestas mas bem treinadas, dando sustos nos chamados "grandes" da capital. Seu trabalho foi ímpar embora alguns "farizeus", hoje não reconheçam como tal. Anos depois Abreu se afastava, deixando irreparável lacuna, sendo hoje oficialmente um dos sócio-benemérito.
      Ainda tivemos a passagem  de Antonio Simão como presidente, porém sem uma necessária vivência e dispondo de seu próprio recurso, não conseguiu dar continuidade à trajetória do Vermelhão.
       Seis anos depois, alguns beneméritos, afastavam (judicialmente) Carlinho Jaú do clube, por ocupação indébita e ausência de transparência em suas maquiavélicas  "administrações". Sua política de o clube apenas participar da Segundinha do Campeonato Paraense e o restante do ano alugar o campo a terceiros, fora seguida por outros alienados "presidentes", o que apagou gradativamente a imagem do clube,bem como asua principal função que é, segundo os seus estatutos,  " praticar o futebol entre os seua associados e bem representar o município esportivamente".
        Hoje este clube completamente sem norte e com pseudos-dirigentes, é o retrato fiel da incompetência, em que pese também, a ausência da maior parte de seus antigos benemerentes. Sendo que, esta agremiação, só não perdeu seu único patrimônio (o estádio), por oportuna intervenção do vereador Totó, quando dois empresários locais, insistiam em "comprá-lo", sob a anuência de um governo municipal.
        Nossa Liga que fora municipalizada na primeira gestão pública de Edilson Abreu, desde 2005 não disputa o Campeonato Intermunicipal, por falta de apoio da municipalidade. 
        Agora que se conhece uma pequena parte da história do esporte izabelense, tirem suas próprias conclusões, de quem foram ou quem são, os verdadeiros sepultadores da cultura esportiva no município.
         Para depois não se vir com infundados "comentários esportivos",  aventando que tudo, é culpa do empresariado, que não ajuda o esporte, etc e tal. Neste ponto, damos-lhes total razão: quem vai doar o seu rico dinheirinho à instituições esportivas, onde não se reza pelo estatuto, não se fazem reuniões e nem tampouco se prestam contas ?  
         
     
       

Nenhum comentário:

Postar um comentário